segunda-feira, 27 de julho de 2009

Olá, meus queridos!

Bom, eu sou a Tatiele, estou fazendo um ET ( Educational Traineeship) na Colômbia, dando aulas de português em um instituto de idiomas que se chama HTL e está sendo uma experiência pra lá de excelente.

Bom, pra começar, eu gostaria de reforçar o fato que muitos dizem por aqui: A AIESEC muda vidas. Eu pensei que isso só tinha acontecido comigo, mas o pessoal daqui, nas palestras, dizem muito também que eles eram uma pessoa antes e outra depois da AIESEC.

A AIESEC mudou tudo pra mim, e se eu falo de tudo o que mudou, em ordem, fica exatamente os passos da @XP de que nós tanto falamos durante todo o induction, e dos quais provavelmente vocês já estejam “mamados”, como se fala por aqui (kkkk): Primeiro, a descoberta e exploração do próprio pontecial. Entrei na organização pensando que não seria capaz de executar nada, porque simplesmente não tinha nada a ver com a minha área, mas os feedbacks sempre positivos da minha coordenadora (Nathália – *__*) me fizeram ver que eu tinha capacidade de executar um ótimo trabalho (e eu não sou pessoa que aceita trabalho “mais ou menos” XP). Devido a essa confiança em mim mesma que a AIESEC me proporcionou, eu assumi a responsabilidade de entrar em dois processos na Universidade: Mandar meus poemas de que não gosto (tenho muito que melhorar) para o concurso que estava havendo ano passado, e entrar no processo de mobilidade estudantil, apenas com o espanhol que eu sabia por ter visto “Betty a feia” no original. Bom, e para minha surpresa, fui classificada nos dois. Assim que em Julho do ano passado estava vindo à Colômbia para fazer um semestre de filosofia e letras aqui. E publicando meus primeiros dois poemas em um livro =D

Congresso nacional à esquerda e prefeitura, ao lado do congresso.


Fazer um intercâmbio não é um mar de rosas. Há todo um processo burocrático antes: arrumar visto, passagem, vacina, teste sanguíneo. A gente fica correndo de lá pra cá, viajando de lá pra cá, tentando fazer as coisas ficarem mais baratas, porque é difícil mesmo. E você se comunica com o Vice Presidente de Intercâmbio de outro Comitê Local que às vezes some, às vezes nem sabe o que fazer também porque é incompetente e a gente se estressa absurdamente. O primeiro mês, com essas tarefas, é basicamente uma noite sem estrelas que te deixa sem saber pra onde ir ou se isso realmente vale a pena. No meu caso, específico, em Novembro, estando em Goiânia e esperando o Vice Presidente de Intercâmbio da Colômbia me ligar pra me dizer pra ir pra Brasília (e o que ele fez às 22hs do dia anterior pra eu estar lá às 8h da manhã do dia seguinte) todos me falavam que “não, que isso estava muito desorganizado, que não ia dar certo, que era melhor eu desistir”... E é um pouco difícil seguir adiante com todos te puxando de volta. Mas depois você aprende que perseverança é exatamente isso, e que uma pessoa aprende de verdade passando por situações difíceis, porque as fáceis são previsíveis e... fáceis =P.

E o processo burocrático continua depois: (aqui) cédula de “extranjeria”, conta em Banco, seguro saúde... E você continua sofrendo porque se dá conta de que nem o Vice Presidente de Intercâmbio sabe fazer isso e delega tarefas nada a ver a gente que nem é da área. Mas, AIESEC é isso. A gente é jovem e tem um jeito todo louco de fazer as coisas, da mesma maneira como somos loucos e temos tudo misturado na cabeça. Isso não dá pra negar.

E, quando tudo acaba, você respira aliviado e sente o peso da bagagem de tudo que aprendeu, e se sente bem com isso porque percebe que as coisas valeram a pena. E depois que o sofrimento acaba você começa a viver tudo exatamente do jeito que idealizou de sua experiência de intercâmbio.

Aqui na Colômbia tudo é maravilhoso. As pessoas daí, como a Juliana, que já vieram, pode confirmar isso que eu estou dizendo: As pessoas lindas, educadas, 100% do tempo preocupadas com você, preocupadas em agradar e tudo o mais. Os lugares lindos, pontos turísticos de arrepiar quando um passa por eles, comida excelente, quase como estar em Minas mesmo, e o principal: FESTAS hehehe. As melhores festas do mundo, onde NINGUÉM fica sentado sem dançar, não importa se sabe ou não.

Festa despedida - NATCO


E, agora, pensando no meu futuro como AIESECer. Quero fazer uma coisa que eu pensava que nunca faria: me aplicar pra Vice Presidente de Recursos Humanos ou Vice Presidente de Intercâmbio. Sinto-me capaz e venho adquirindo a bagagem necessária pra isso. Espero que tudo dê certo e que eu possa fazer um excelente trabalho, porque a organização não merece menos que isso.

Pra concluir, só queria dizer que o melhor da AIESEC é que a organização encurta as distâncias. Creio que o objetivo inicial: “Não mais guerras”, está muito perto de ser alcançado, porque nos permite interagir com outras culturas e mostrar que no fim das contas somos todos gente que caminha em pedaços de terra com linhas imaginárias que se chamam países. Aqui eu estive no Natco, a Conferência Nacional da Colômbia, e saí demasiadamente impactada, quase comovida. Conheci gente da Rússia, Inglaterra, Eslovênia, EUA, Austrália, Ìndia, China (as duas meninas mais legais do mundo, impressionante!), Alemanha, México, Equador, Portugal... E ninguém era mais “bonito” (superior) que ninguém, compartilhamos tudo como gente e somente gente.

Global Village - NATCO


E, para os que não querem fazer intercâmbio para assumir cargos de liderança: é perfeitamente possível casar as duas coisas! Aqui estou eu na Colômbia, trabalhando como Coordenadora de Development na área de Recursos Humanos e fui até reconhecida como melhor membro do quarter.

Aproveitem mesmo essa oportunidade da AIESEC, pessoal! Eu, na boa, nunca queria deixar de ser intercambista =DDDD


Abraços!!!!!

Tatiele


3 comentários:

  1. Oi Tatiele! A primeira postagem no blog não poderia ter sido melhor! Parabéns pelas conquistas, você merece tudo isso e muito mais! Sucesso menina!!
    Patrícia Afonso

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  2. Tati Saudadona de vc!!!!! Parabéns!!! Adorei seu texto!!!

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  3. E todo mundo querendo ir pra Europa. Aqui num tem comida boa, o pessoal nao eh tao legal assim, e nas festas soh tem vodka e musica alta, nada de danca, nem mesmo romantica.
    O America Latina que te amo tanto.

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